Seja Bem Vindo ao Estudo do Magnetismo

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quinta-feira, 24 de maio de 2012

MAGNETISMO CLÁSSICO


O texto abaixo fez parte de um sermão do Padre Lacordaire proferido em dezembro de 1846 na Catedral de Notre-Dame em Paris.
Foi extraído da Introdução do livro Le Monde Occulte, de Henri Delaage.

As forças ocultas e magnéticas das quais o Cristo é  acusado de se ter apoderado para produzir milagres, eu as nomearei sem medo e poderia livrar-me delas tranquilamente, posto que a ciência não as reconhece ainda, chegando até a proscrevê-las. Entretanto prefiro obedecer minha consciência à ciência. Vocês invocam então as forças magnéticas: pois bem, creio nelas sinceramente, firmemente; creio que seus efeitos foram constatados, ainda que de maneira por ora incompleta, e que assim será provavelmente sempre, por homens instruídos, sinceros e até cristãos; creio que esses fenômenos, na grande maioria dos casos, são puramente naturais; creio que o segredo dela nunca foi perdido sobre a terra, que ele foi transmitido de geração em geração, que ele deu origem a inúmeras ações misteriosas, cujas pegadas são facilmente reconhecidas e que atualmente ele deixou a sombra das transmissões subterrâneas porque o século atual foi marcado na fronte com o sinal da publicidade. Creio em tudo isso. Sim, senhores, por intermédio de uma preparação divina contra o orgulho do materialismo, por intermédio de um insulto à ciência que data do mais longínquo que podemos recordar, Deus quis que houvesse na natureza forças irregulares, irredutíveis a fórmulas precisas, quase incontestáveis pelos processos científicos. Ele assim o quis afim de provar aos homens tranqüilos nas trevas dos sentidos que fora até mesmo da religião habitava em nós resplendores de uma ordem superior, tênues luzes aterradoras de um mundo invisível, uma espécie de cratera por onde nossa alma, escapada por um momento das terríveis ligações com o corpo, sobrevoa espaços insondáveis, dos quais ela não conserva qualquer recordação, mas que a advertem bastante que a ordem presente esconde uma ordem futura, diante da qual a nossa não é mais do que o nada.
“Tudo isso é verdade, assim eu creio; mas é verdade também que essas forças obscuras estão presas a limites que não testemunham nenhuma soberania sobre a ordem natural. Mergulhado num sonho artificial, o homem vê através de corpos opacos a certas distâncias; indica remédios capazes de aliviar e até mesmo de curar doenças do corpo; parece saber coisas que não sabia e que esquece no momento em que acorda; exerce por sua vontade um grande império sobre quem com os quais está em comunicação magnética: tudo isso é doloroso e trabalhoso, mesclado com incertezas e abatimentos. É um fenômeno de visão, bem mais do que a operação, um fenômeno que pertence à ordem profética e não à ordem milagrosa. Não vimos em lugar nenhum uma cura súbita, um ato evidente de soberania. Mesmo na ordem profética, nada é mais miserável?”

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