Seja Bem Vindo ao Estudo do Magnetismo

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terça-feira, 10 de julho de 2012

Jacob Melo Responde


Tenho uma dúvida em relação a um tipo de doação de energia que ministram na Casa em que eu trabalho. A explicação passada acho-a inconsistente.
 É o seguinte: depois do passe de limpeza e de harmonização, alguns assistidos recebem um passe que chamam de “energia”, com a finalidade de doar uma "carga fluídica" a mais para que a pessoa se sinta melhor, mais disposta...
 Para isso, o medium segura as mãos do assitido, porque, segundo a direção da Casa, só por esse meio é que o assitido receberá os fluidos magnéticos, e com mais dois méduins se forma uma corrente e assim vai recebendo os fluidos.
 Eu me incomodo com este tipo de procedimento, uma vez que sempre li que nao se deve tocar no assitido...
 Minha pergunta: a pessoa tem que receber esta energia só pelas mãos?

 O procedimento que está sendo indicado em tua Casa já é bem antigo. Logo após Mesmer -- e até mesmo ele -- vários magnetizadores só diziam conseguir estabelecer uma boa relação magnética se envolvessem as mãos dos pacientes nas suas; alguns sentiam necessidade de tocarem/ficarem tocando os polegares deles com os dos pacientes.
 Com o tempo isso foi vencido e o que hoje chamamos de tato-magnético, sem toques, se mostrou tão ou mais eficiente do que esse modelo.
 Um detalhe, todavia, merece ser bem destacado: NÃO HÁ trânsito fluídico apenas pelo toque não. Ainda que o toque não seja tecnicamente condenado, não é ele quem viabilizaria a maior ou menor doação/absorção fluídica.
 Particularmente considero ultrapassada a orientação do toque para reforço energético. Afinal o correto é se receber fluidos e energias pelos Centros que estejam mais diretamente afetados ou correlacionados com o(s) ponto(s) a ser(em) energizado(s).


Estávamos ontem abrindo os trabalhos de TDM, quando um dos médiuns questionou se o fato de tratarmos pessoas com depressão, talvez faça respingar alguma coisa nos trabalhadores, ou seja, os trabalhadores correm um sério risco de serem "contaminadas" e se tornem  pessoas altamente depressivas. Após o questionamento desse médium, outros 5 trabalhadores fizeram as mesmas perguntas e queixas.
 Poderíamos preventivamente aplicar passes dispersivos nos aplicadores quando terminarmos o atendimento para evitar essa doença?
 Você tem alguma estatisitica ou conhecimento sobre isso?

 Honestamente, não vejo motivos que justifiquem esse cuidado.
 Na realidade, se formos ter essa preocupação com os passes em depressivos, "todos os casos", de quaisquer problemas que fossem, pediriam idêntica providência. Isso nos levaria a um fenômeno que, nos dias atuais, já é difícil de se corrigir, o dos papa-passes, comum em muitos frequentadores de Casas Espíritas, que dirá se isso se alastra e afeta os passistas? Sendo isso um equívoco junto aos pacientes (que não entendem), o que se diria do mesmo condicionamento nos próprios magnetizadores (que entendem)?
 Não é sabido de nenhum dos magnetizadores que vêm trabalhando com depressivos, há alguns anos, que tenham "assimilado ou adquirido" desarmonias indutoras a esses estados. Não há, teoricamente, esse risco, ainda mais se todos os dispersivos forem feitos com os cuidados e as intensidades tão bem testadas e definidas.


Qual a sua opinião sobre o uso da cromoterapia junto ao magnetismo? Se for a favor, a aplicação das cores nos centros de forças deverá respeitar a cor de cada um deles ou se aplica a cor na grande corrente de acordo com o diagnóstico do integrante e tudo bem? 
 Embora eu respeite tudo o que as pessoas e os estudiosos apresentem como bom, especialmente aquilo que é confirmado como tal, não tenho como examinar e aplicar tudo e ter opinião concreta sobre todas as terapias.
 Certamente que a cromoterapia tem seus valores, muito embora eu acredite que muito melhor do que projetar uma cor que signifique um sentimento o ideal é emitir a vibração do que se sente de fato, com o direcionamento para o melhor e dentro de todas as melhores possibilidades de qualquer um.
 Por isso, em vez de projetar uma onda de tal cor ou emitir mentalmente tal tipo de onda ou frequência de cor, prefiro pensar na saúde e no que eu posso mandar como fluido para a ajuda direta e efetiva. Isto não descarta que se possa fazer uso das cores, embora eu não me utilize delas nos tratamentos magnéticos que oriento.
 Desculpe se não posso ajudá-la melhor em sua dúvida, mas é isso o que penso e faço nesse quesito.


É seguro aplicar passes sem o devido receituário?
 Podemos aplicar somente os dispersivos e harmonizantes ou devemos aplicar o passe coletivo?
 Gostaríamos, na medida do possível, da sua ajuda indicando um "passo a passo" para a implantação da fluidoterapia em nossa Casa.

 O receituário é apenas e tão somente um elemento indicativo de terapia, o qual deve ser tomado como uma referência e nunca de forma absoluta, pois sabemos que existem limites e falhas em tudo. Portanto, o passe pode sim ser aplicado sem o receituário. Para isso é que o Magnetismo -- e o mesmo faz Allan Kardec em suas obras -- nos ensina a desenvolvermos a dupla vista (segunda visão), a qual nos levará a fazermos diagnósticos seguros e bem eficientes. Ainda que os passistas precisem ser preparados e irem se desenvolvendo ao longo do tempo, é melhor buscar desenvolver esse tato-magnético do que ficar dependendo sempre de receituários.
 Como, em termos de técnicas, os dispersivos são os que oferecem as menores possibilidades de deixarem desconforto tanto nos pacientes como nos passistas, eles podem sim ser aplicados sem receio; isso será sempre muito melhor do que fazer apenas imposição de mãos.
 Por fim, não tenho muito como indicar um passo-a-passo na implantação de trabalhos de fluidoterapia, mas sugiro que todos os participantes estudem numa mesma base a fim de se sentirem mais seguros e poderem se apoiar um no outro. De meus livros, o mais abrangente (dos que estão em circulação) é o Cure-se e cure pelos passes, mas O Manua do Passista também atende bem a esse propósito.
 Indico ainda que visite, cadastre-se e divulgue meu site (www.jacobmelo.com), pois ali tem muito material de primeira qualidade, inclusive palestras minhas e partes de seminários que muito poderão ajudar na montagem dos trabalhos que pretendem.


Nosso grupo de estudos está em andamento. O presidente de nossa Casa nos convidou para iniciar um trabalho de passe magnético após as sessões mediúnicas  no tratamento da obsessão. Procurei material a respeito desse passe e não obtenho sucesso. Poderia me orientar, pelo menos dizer onde posso encontrar informações a respeito?
 Não tenho nenhuma obra que trate especificamente do caso de passes magnéticos em reunião de desobsessão, mas já comentei em meus livros que, via de regra, esse passe deve ser aplicado no umeral (alto da coluna), da seguinte forma:
 1- querendo facilitar ou favorecer à aproximação da Entidade Espiritual, faça-se aplicação de passe concentrado (imposição ou circular) naquele centro vital. Em princípio, faz-se ativante (próximo), mas alguns casos pedem que se faça também calmantes (afastado). Se precisar fazer esse procedimento por muito tempo numa mesma sessão, intercale-se os concentrados com rápidos dispersivos transversais para evitar "sobrecarga" fluídica e, assim, diminuir os incômodos que o médium possa vir a sentir ao final do atendimento; e
 2- ao contrário desse caso, se o intuito for dissipar os fluidos ou afastar a entidade comunicante, aplica-se dispersivos bem vigorosos (rápidos e largos) sobre o umeral, tanto perto como distante. Não sendo suficiente, pode-se fazer sopro frio (como quem apaga uma vela) diretamente sobre o frontal, soprando-se com vigor e de meia a longa distância (mais ou menos de uns 50cm a 1 metro). Independente do que tenha sido feito, nos dois casos, deve-se sempre concluir com dispersivos gerais para que o médium fique bem.
Espero que isso resolva tuas dúvidas.


Na casa existe uma cultura que a pessoas próximas (familiares, por exemplo), não é recomendado aplicar passes nos seus. Não entendo essa "regra". Faz mesmo sentido?
Claro que não faz qualquer sentido essa “regra”, essa recomendação.
Veja bem a incoerência: normalmente, quem primeiro recomenda essas coisas sempre diz que "o mais importante de tudo é o amor". Ora: e como fica se quem me ama é meu familiar??? Quer dizer, então, que o amor ficaria em segundo ou em último plano?
Outro ponto é que costuma ser feita uma comparação indevida; a um cirurgião não é recomendado fazer uma cirurgia no próprio filho, por questões emocionais fortes e disso se extrapola para a “regra” referida. Ocorre que um passe num familiar não é uma cirurgia aberta e, ademais, é mais do que comum e normal que médicos atendam, com eficiência e prazer, a seus familiares. Portanto o raciocínio acima não se justifica.
Por fim, ainda que proíbam, não deverá isso nos afetar, pois não há ninguém nem nada que nos ame mais e seja mais próximos de nós do que Deus, do que nosso anjo de guarda... Já pensou se eles acreditassem nessa regra? Estaríamos perdidos.
É isso.


Eu gostaria de saber se você poderia me dar algumas orientações no que se refere ao estudo sobre magnetismo. Sou espírita há uns 3 anos e somente no curso de passe do ano passado (o primeiro que eu participei) conheci o magnetismo. Foi algo muito emocionante para mim. Desde então me aventurei a estudar alguma coisa e quando meu trabalho permitiu, fui fazer um "estágio" com amigos, iniciando a aplicação de passe em idosos.
 Agora estou meio na dúvida de para onde ir... Antes eu pensava que deveria estudar toda a obra de Kardec para poder aprender alguma coisa sobre magnetismo. Tentei, mas vi que não é muito bom estudar sozinha, ainda mais se você vai literalmente começar do zero, igual ao Coração Pirata do Roupa Nova... Atualmente estou no ESDE e no Estudo Mediúnico, mas ainda não estudei a obra toda... Não aguentei esperar (porque você sempre fala que a gente tem que ter a base primeiro) e li uns livros seus (O passe, O manual do passista e A cura da depressão pelo magnetismo). Também estudei um pouco (coisa pouca, de nível médio mesmo) de biologia para ter noção de anatomia e fisiologia para quando fosse aplicar passes nos idosos.
 Fato é que estou meio perdida porque não sei se devo me dedicar ao estudo da obra de Kardec primeiro para ler outros autores depois. E se isso pode ser feito concomitantemente, como seria uma sequência legal para estudar. Estou aqui com o Manual do Estudante Magnetizador, do Barão du Potet, mas ainda não comecei.
 Uma outra dúvida é sobre a doutrina secreta. Eu fazia um curso de filosofia onde também estudávamos as religiões comparadas. Lá eu comecei a ver um pouco da doutrina secreta de Blavatski. Eles tem idéias muitíssimo interessantes sobre a evolução da espécie humana (nada de macacos e Darwin) e sobre a composição do corpo humano (veículos da personalidade e perispírito) que tem muito a ver com a idéia do Espiritismo. Nos seus livros eu vi que você estudou um pouco outras religiões. Você acha que vale a pena investir nesse ramo para complementar o estudo do magnetismo ou isso seria para mais tarde?

Se ainda não somos interessados em adquirir conhecimentos e ter segurança, pela diversidade de tudo que se nos apresenta fica tudo muito confuso, imagina quando queremos dominar algo e parece que tudo nos foge ao alcance, até mesmo pela enormidade de variedades e variantes que existe!
Posso imaginar exatamente o que sentes, pois já vivi isso, numa época em que as literaturas disponíveis eram escassas e caríssimas, além de praticamente não ter pessoas a quem recorrer.
 Para não teorizar vou falar na primeira pessoa do singular.
 Começo pelo meu segredo, que foi um só: perseverança.
 Descobri o que era o supra sumo e mergulhei fundo. Esse supra sumo era (e é) o conjunto da obra de Allan Kardec, com destaque à Revista Espírita (tadinha, tão menosprezada até hoje), as obras de Léon Denis, Gabriel Delanne, Ernesto Bozzano e tudo o que me chegava às mãos acerca do Magnetismo, onde ficou muito evidente o livro Magnetismo Espiritual, de Michaelus. Além desse, restringi minhas leituras às obras dos Espíritos André Luiz, Manoel Philomeno de Miranda e algumas de Emmanuel.
 Quando precisei, não tive nenhum medo ou receio de buscar ler, conhecer, estudar, descordar, brigar e até xingar quem não tinha o que dizer com segurança e, ainda assim, ousava ensinar o que não sabia. Só que para chegar aí eu já me sentia com uma certa base.
 Como li tanto? Sempre concomitante e de forma comparada. Sempre comparei, mas firmei uma base: Kardec. Não que não tenha visto ou lido coisas nele que não concorde plenamente, mas de todo mundo e de toda literatura espírita e espiritualista que já li até hoje, ninguém, absolutamente ninguém se apresentou e se apresenta de forma mais segura e coerente do que ele.
Contando como fiz te sugiro o que podes fazer, mas... nunca serei uma Cassandra, como nunca ninguém será igual a quem quer que seja. Acho, pelo que sei hoje, que tive sorte escolhendo este caminho; me foi seguro, me deu base, não me permitiu muitas loucuras e acumulei mais experiências do que se tivesse ficado pulando e pulando.
 Os ESDEs deveriam ser um excelente caminho e lugar para se aprender conjuntamente, mas costumam ser pouco eficientes, seja por conta da metodologia, que pede um nivelamento não muito estimulante, ou seja porque os roteiros não são consistentes como deveriam nem tratam a obra básica de Allan Kardec com a profundidade que se requer quando se quer progredir objetivamente.  Por outro lado, o estudar sozinho é muito cruel. A maior parte do meu caminho fiz sozinho; isso me arremetia para a necessidade da verificação prática, então, sempre que possível, eu partia para a experiência ‘de campo’ a fim de testar se o que eu tinha entendido ou estava aprendendo era correto. Foi duro, mas foi ótimo.
 Por fim, a aproximação entre a teosofia da senhora Helena Blavatsky e o Espiritismo é reconhecidamente histórica, posto que ela ‘bebeu nas fontes espíritas’ e que, portanto, guardou muito do que ela concordava com a Doutrina. Se devemos lê-la, conhecê-la, estudá-la? É sempre bom conhecer pessoas notáveis e que têm trabalhos igualmente notáveis; ela é uma dessas. Conhecer suas obras é tarefa de fôlego, pois ela produziu muito. Nisso tudo fica uma questão fundamental: temos tempo e disposição?
Espero ter-te respondido a contento.


Estou escrevendo para saber se você pode me ajudar. É que meu intestino resolveu "fazer greve" e a constipação e a cólica vem me incomodando bastante. O tratamento médico não está fazendo muito efeito e minhas opções não são muitas em virtude do bebê (estou gestante e, portanto, não posso tomar algumas medicações que poderiam resolver). Também não deixei ninguém me fazer tato por causa do bebe (mamãe de 1ª viagem; tudo é cuidado). Se você puder me dá alguma orientação nesse sentido, eu agradeço muito.
 Olha, tens mesmo que cuidar bem direitinho dessa criaturinha super bacana que vem vindo. Ter pais como vocês são e serão é uma oportunidade e uma bênção impagáveis – e o bebê sabe disso!
 Sobre teu tratamento tenho a dizer: pode ser feito sim e DEVE SER FEITO.
 Imagine uma pistola de raio lazer; ela nunca deve ser dirigida sobre algum ponto que não queremos atingir, não é mesmo? O mesmo se dá com o passe numa gestante. Quem for atender teu passe, no teu caso dirigido para a mamãe, deve tratar sobre o centro gástrico (bem acima do ventre) e até no esplênico, se for o caso. Deve dispersar bem muito, bem muito mesmo, a fim de eliminar os "deságues fluídicos" que o processo bio-morfogenético acarreta no ventre e, muitas vezes, com consequências no sistema digestório e gástrico da mamãe. Nada de temer, pois não se vai atingir diretamente o bebê. O passista sentir onde está a descompensação da mamãe, buscar tratá-la diretamente e dispersar sempre com muita segurança. Mas creio que o excesso desse deságue fluídico oriundo do processo reencarnatório mencionado pode estar precipitando esses desarranjos intestinais.
 Faça isso e me diga como ficou, tá?
 Me permito, todavia, acrescentar uma informação que considero muito relevante.
 No caso do problema na gestante ser com o bebe e não com a mamãe, deve-se ter um duplo cuidado e se  exercer uma dupla ação (lembro que aqui estou apenas me referindo à questão magnética). O duplo cuidado é: a mamãe precisa ser apoiada (costuma precisar de muitos passes dispersivos) para, mantendo-se equilibrada fluidicamente, oferecer o melhor ambiente para o ser reencarnante; o bebê precisa ser sentido como uma criança muito pequena, por isso mesmo exigirá todo cuidado da doação fluídica, a qual deverá ser o mais sutil e refinada possível, pois ele, o bebê, ainda não possui centros vitais de grandes dimensões e, por isso mesmo, filtra apenas “energias” extremamente sutis; as energias mais densas podem congestionar. A dupla ação é primeiro preparar a mãe energeticamente para o passe e, ao final da sessão, harmonizá-la com muitos dispersivos, inclusive os calmantes (distantes do corpo). A outra é: como agir diretamente sobre o bebê; para se tratar magneticamente esses casos (imaginemos um bebê com má formação fetal) é muito importante que o magnetizador tenha segurança, conhecimento das técnicas e de si mesmo. No que for preciso fazer qualquer tipo de concentrado fluídico lembrar-se de fazer de pouco em pouco, sempre intercalando com bastante dispersivos.
 É isso.


Gostaria de saber porque aplicando o Passe em pessoas sentadas, ja aconteceu delas darem um sobressalto, qual seria a razão?
 Os sobressaltos corriqueiros servem para demonstrar que, de fato, o magnetismo atinge o sistema nervoso das pessoas, apesar de ser grande a resistência por entender essa e outras situações que nos levam a tais ponderações. Quase sempre apela-se para o misticismo, o fantasioso, o sobrenatural – como se Allan Kardec não tivesse tratado do assunto.
 Veja, na questão 483 de O Livro dos Espíritos (parcialmente transcrita a seguir) é mencionado, num caso específico, a atuação do magnetismo no sistema nervoso. Inclusive, para mim aquela afirmativa dos Espíritos soa como uma verdadeira lei, a qual jamais deveria ter passado dispercebida.
 483. Qual a causa da insensibilidade física que se observa em alguns convulsionários, assim como em outros indivíduos submetidos às mais atrozes torturas?
 “Em alguns é, exclusivamente, efeito do magnetismo que atua sobre o sistema nervoso, do mesmo modo que certas substâncias...”


Caro Jacob Melo, sou espírita, conheço um pouco o seu trabalho com o passe magnético, mas me deparei com algo novo do qual não vi em sua obra nem tampouco utilizam essa prática baseada em sua obra, mas sobretudo baseando-se no livro Mecanismos da Mediunidade (André Luiz - Waldo Vieira/Chico Xavier), consiste em aplicar os passes tendo o paciente nas suas mãos um eletrodo (pilha tipo AA ou AAA descarregada, dessas de controle remoto), funcionando como captadora das energias deletérias, gostaria da vossa apreciação acerca desse novo tipo de passe... ao que me consta (a prática é) oriunda de orientação do Espírito (xxx) do (zzz). Quero deixar bem claro o respeito à instituição e ao médium, desejando tão somente esclarecimentos acerca dessa prática nova, da qual ainda não há no meu pobre entedimento, até o momento, enbasamento doutrinário, sobretudo em suas obras.
 Desculpe a demora em responder, mas além do volume de correspondências que tenho a dar conta, quando me pedem opinião sobre assuntos que outrem escreveu preciso ver o texto original para não dar retorno precipitado. Alguns enviam o texto e noutros casos ainda tenho que localizá-los. Isso termina tomando mais tempo ainda, e esse 'artigo', chamado tempo, anda muito escasso por aqui, hehehe...
 Mas vamos ao que comentas.
 No livro do Chico (Mecanismos da Mediunidade), o único lugar onde é falado sobre eletrodos é o seguinte:
 
 "Retomando experiências iniciadas pelo cientista alemão Hittorf, William Crookes valeu-se de um tubo de vidro fechado, no qual obtinha grande rarefação do ar, fazendo passar, através dele, uma corrente elétrica, oriunda de alto potencial. Semelhante tubo poderia conter dois ou mais eletrodos (cátodos e ânodos, ou pólos negativos e positivos, respectivamente), formados por fios de platina, e rematados em placas metálicas de substância e molde variáveis.
 Efetuada a corrente, o grande físico notou que do cátodo partiam raios que, atingindo a parede oposta do vidro, nela formavam certa luminosidade fluorescente..."
Como se observa trata-se da experiência do Sir. Willaim Crookes, a qual não tem absolutamente nada a ver com práticas magnéticas. Pelo que posso deduzir, o que estão fazendo, em se baseando nessa passagem, é uma interpolação indevida e que, portanto, carece de respaldo.
 Afora isso, não existe nenhuma obra clássica ou definitivamente séria que sugira métodos semelhantes.
 Confesso: fico muito entristecido quando entidades espirituais, como é o caso narrado por você, propõem essas coisas e, pior ainda, quando seus seguidores não investigam para saber da validade ou não da proposta.
É o que eu penso.


Não foi a toa que Mesmer trouxe o Magnetismo ao planeta e se foi tão combatido é porque afetava muitos interesses e comprometia muitos assuntos já muito estabelecidos, mas temos que estudar sem preconceito, inclusive os assuntos relacionados. Você já ouviu falar de Mantak Chia?
 Ainda não conhecia o Mantak Chia. Fui à internet e li rapidamente o que encontrei. É bem visível que as práticas ali ensinadas são uma espécie de fusão entre práticas orientais com o que se estuda hoje por nossas bandas. Deve haver grandes vínculos entre tudo isso e o Magnetismo de Mesmer, mas a superficialidade do que li não me permite apontá-los, todavia acredito seja interessante ler e conhecer mais. Mais uma vez a saberia paulina se aplica: ler tudo e reter o que for bom.
 O espírita é mente aberta e, se não for, deve sê-lo. Isto, entretanto, não pode ser usado como justificativa para não termos foco, objetivo e saber selecionar, pois a cada dia surgem mais e novas literaturas, escolas, teorias de forma que é impossível se ver, se estudar, se analisar e se saber tudo.


Não teria chegado a hora do Magnetismo trilhar seu caminho como ciência autônoma?
 Primeiro que tudo, uma constatação: o movimento espírita precisa se mover urgentemente nessa direção: a do Espiritismo.
 O Magnetismo surgiu dando o suporte de partida a essa abençoada Doutrina e jamais deveria ter sido deixado de lado.
 Sem o Magnetismo o Espiritismo perdeu sua vertente científica. Os homens que definiam o que se esperar do Espiritismo se encarregaram de dizer que as reuniões mediúnicas são a essência da ciência espírita e então, crédulos em excesso, caímos todos no engodo. Reunião mediúnica pode e até deve ser aproveitada como ferramenta de pesquisa, mas ela, por si só, em tese é apenas uma oportunidade de exercitarmos diálogos com o mundo espiritual, muitas vezes até sem muita razão de ser, já que o magnetismo, que deveria ali ser largamente empregado, fica resumido ao mínimo que um simples passe "comum" pode fazer.
 Perguntas se não é hora do Magnetismo seguir seu caminho sozinho. Digo que é hora do Magnetismo seguir adiante, seja só, acompanhado do Espiritismo ou de quem quer que seja, pois abrir mão deste é trocarmos o grande medicamento que Deus deu a todos pelas químicas que geram dependências, oneram financeiramente, enriquecem poucos, geram colateralidade nociva e nem sempre curam na origem.
Não sei se tens recebido o jornal Vórtice em dia, mas quero te lembrar que ele sai bem rapidinho na minha página (www.jacobmelo.com) e que se te cadastrares lá (é grátis e não gera nenhum tipo de ônus) serás informado sempre que houver artigos ou novidades interessantes.
 E no meu site encontrarás meu último artigo da série que mencionaste (Analisando o atual momento espírita), o qual, de certa forma, complementa o que falei no seminário de Aracaju que participaste.

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