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terça-feira, 2 de outubro de 2012

MAGNETISMO, tratamento ou não?


MAGNETISMO, tratamento ou não?
“Há aqueles que têm como uma verdadeira heresia se falar em curas materiais num Centro Espírita.”
Certa vez, um companheiro de trabalho espírita me disse: acredito que João (nome fictício) já poderia ter o seu tratamento encerrado, pois ele já aprendeu a aceitar com paciência e resignação a sua situação.
É uma pessoa evangelizada e sabe carregar a dificuldade com otimismo.
João estava acometido de uma faringite e de uma labirintite.
Realmente era uma pessoa que, diante da dor, sabia portar-se de cabeça erguida, sem perder a alegria e o entusiasmo pela vida.
Candidatou-se ao tratamento magnético na instituição espírita com a esperança de curar-se das suas dificuldades de saúde. O Magnetismo já tinha conseguido amenizar a sua doença e ele prosseguia no seu tratamento.
João continuou com o tratamento, já que paciência não se desenvolve com aplicações magnéticas e sim através de orientações bem compreendidas e bem vividas. O tratamento continuou até onde foi possível ao Magnetismo amenizar as suas desarmonias físicas.
Infelizmente, muitos passistas sentem-se incapazes de tentar sanar ou mesmo aliviar os problemas de saúde das pessoas que procuram a Casa Espírita.
Acredita-se não ser possível, buscando-se apenas dar-lhes uma sensação de bem estar e resignação na dor. Remete-se então o paciente ao profissional da saúde para que este possa, através dos seus recursos materiais, curá-lo.
Com todo respeito à Medicina e à Psicologia, que tanto bem têm feito aliviando as dores da Humanidade.
Por que a dificuldade de entendimento de que os passes podem ir mais longe na harmonização da pessoa doente? A resposta, acredito que seja: por não se voltar a atenção às lições valiosas deixadas por Allan Kardec no que se refere ao Magnetismo como terapia curativa e aos grandes exemplos de mestres como Mesmer e os magnetizadores que o seguiram.
Há aqueles que têm como uma verdadeira heresia se falar em curas materiais num Centro Espírita. Ora, grandes Espíritos que viveram na Terra cuidaram de aliviar ou curar a dor do próximo mesmo que fosse física.
Jesus, além das orientações morais, não se furtou a curar surdos, cegos, mudos, paralíticos, gente com toda espécie de sofrimento, mostrando como deveríamos praticar a caridade.
E ainda disse: Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do reino que vos foi preparado desde o princípio do mundo; - porquanto, tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; careci de teto e me hospedastes; - estive nu e me vestistes; achei-me doente e me visitastes; estive preso e me fostes ver. - Mateus, cap. XXV
A Madre Tereza de Calcutá fundou hospitais a fim de tratar as doenças dos irmãos necessitados, exemplificando a caridade e o amor ao próximo, conforme o ensinamento de Jesus.
Da mesma forma, o Dr. Bezerra de Menezes, quando encarnado, era médico e curava corpos. E pelo que se sabe através da literatura espírita, ele continua, do mundo espiritual, assistindo os doentes que ainda se encontram na carne.
Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, no capítulo V, item 27, vamos encontrar a seguinte passagem: Pensam alguns que, estando-se na Terra para expiar, cumpre que as provas sigam seu curso. Outros há, mesmo, que vão até ao ponto de julgar que, não só nada devem fazer para as atenuar, mas que, ao contrário, devem contribuir para que elas sejam mais proveitosas,tornando-as mais vivas. Grande erro. É certo que as vossas provas têm de seguir o curso que lhes traçou Deus; dar-se-á, porém, conheçais esse curso?
Sabeis até onde têm elas de ir e se o vosso Pai misericordioso não terá dito ao sofrimento de tal ou tal dos vossos irmãos: “Não irás mais longe?” Sabeis se a Providência não vos escolheu, não como instrumento de suplício para agravar os sofrimentos do culpado, mas como o bálsamo da consolação para fazer cicatrizar as chagas que a sua justiça abrira? Não digais, pois, quando virdes atingido um dos vossos irmãos: “É a justiça de Deus, importa que siga o seu curso.”
Dizei antes: “Vejamos que meios o Pai misericordioso me pôs ao alcance para suavizar o sofrimento do meu irmão.
Vejamos se as minhas consolações morais, o meu amparo material ou meus conselhos poderão ajudá-lo a vencer essa prova com mais energia, paciência e resignação.
Vejamos mesmo se Deus não me pôs nas mãos os meios de fazer que cesse esse sofrimento; se não me deu a mim, também como prova, como expiação talvez, deter o mal e substituí-lo pela paz.”
A Doutrina Espírita oferece um tratamento integral orientando a alma enferma, harmonizando o perispírito e cuidando das consequências que são as doenças que se expressam no corpo físico. Descuidar-se de uma destas facetas seria desconsiderar o ser humano desviando-se da prática da caridade.
Outros irmãos espíritas condenam que se use o termo “tratamento” nos trabalhos espíritas. Buscando o Minidicionário Ruth Rocha, encontramos, dentre as diversas definições para esta palavra, o seguinte: Tratamento é o processo de combater uma enfermidade.
O que faz o Magnetismo senão combater enfermidades?
Pela definição, ele estabelece um tratamento. Ora, o Magnetismo é uma terapia de cura que oferece como medicamento unicamente a energia vital, o magnetismo do passista ou magnetizador. Com este medicamento natural ele gera curas, alivia sintomas, restabelece a saúde das pessoas. Repassando os olhos no passado, paramos extasiados diante das curas fantásticas que Mesmer e os demais magnetizadores conseguiam, bem acima do alcance médico da época. E pode ser assim no presente, se enxergarmos que esta capacidade também possuímos em maior ou menor grau.
Mas, pergunta-se: o que é que tem se dissermos que tratamento magnético não é tratamento? O que é que muda?
Hoje, talvez não mude nada, mas... e daqui há trinta ou cinqüenta anos quando novas gerações de espíritas surgirem e se acostumarem desde cedo a ouvir que o Magnetismo não trata, que passe tem que ser coisa rápida e que ele é apenas um auxiliar da Medicina?
Será de vez relegado ao plano inferior a que hoje já o arremeteram, como “coisa” de menor importância. E o esforço da Divindade em trazer à Terra através de tantos missionários, em várias épocas, a cura através dos fluidos, terá sido em vão.
Enquanto acharmos que para aplicar passes nada precisamos saber, apenas esperar os Espíritos atuarem e que dois minutos são suficientes para tal, os resultados serão exíguos e muito distantes das reais possibilidades do Magnetismo.
“Trataremos” apenas a paciência do doente.
Com a correta compreensão desta vasta ciência que é o Magnetismo, desenvolvida através do estudo, da pesquisa e da reflexão, aliada à sua prática conscienciosa e desinteressada, os papéis serão invertidos, pois a Medicina, tratando apenas o corpo físico, atua na superfície da doença, enquanto que o Magnetismo, conseguindo acessar a causa perispiritual, passa a ser a terapêutica principal.
Além de tudo, o Magnetismo é a forma de tratamento mais natural, simples e barata que existe. Deveríamos, portanto, desenvolver e incentivar a sua prática, a fim de que tão fabuloso manancial não se perca, podendo se expandir por toda parte levando saúde e harmonia para os que sofrem neste planeta de provas e expiações.
Jornal Vórtice ANO II, n.º 07, dezembro/2009

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